É difícil imaginar que entre o mundo de concreto e arame armado de uma grande cidade como Salvador se possa encontrar um cenário tão pacífico como a Lagoa do Abaeté. Uma lagoa mística de águas escuras rodeada por dunas da mais cândida areia que se tornou um dos cartões postais mais bonitos dessa cidade e parada obrigatória para todo turista que se preze.

A lagoa faz parte de uma reserva de 12 mil metros quadrados, Área de Proteção Ambiental do Parque Metropolitano da Lagoa e Dunas do Abaeté, que foi criado em 3 de setembro de 1993 com o intuito de resguardar a riqueza deste lugar.

A beleza da redondeza é tamanha que foi merecedora da poesia do mestre Dorival Caymmi, que em seus versos imortalizou as lendas do Abaeté. Em uma delas, conta a sabedoria popular que as águas negras do abaté são oriundas das lágrimas de uma índia que foi abandonada no dia em que iria se casar. Há quem creia também na existência de redemoinhos que sorvem banhistas inadvertidos e também quem ouça a zoada de atabaques de candomblé vindos sabe-se lá de onde.

Mitos a parte, o parque do abete é uma boa opção para quem aventura-se a fugir do clássico mergulho de praia/piscina e queira desfrutar dos prazeres de uma nadada em água doce. A entrada para a lagoa fica entre a sereia e o farol de Itapuã, subindo logo ali no largo onde Cira prepara um dos melhores acarajés da cidade.

Expostas nessa galeria, fotos da lagoa e arredores deste oásis que ainda sobrevive no praieiro bairro de Itapuã.